terça-feira, 26 de outubro de 2010

Forma e Interpretação

O texto de Hertzberger, inicialmente trata do conceito de potencialização do espaço através dos anos. Em um primeiro momento, o autor descreve os canais de Amsterdam, que tinham como função inicial de sua criação o transporte de mercadorias e sistema de defesa da cidade. O que, com o passar dos anos foi se alterando dependendo da necessidade local. Hoje além de funcionar como cartão postal da cidade, é utilizado ainda como transporte, moradia e em determinadas épocas do ano, ainda assume uma outra função, pois com o congelamento da água no inverno, permite que os canais virem pista para patinadores de gelo. O mesmo ocorre em Oude Gracht, Utrecht.

 O autor salienta que a natureza está diretamente ligada a construção das cidades e essas devem respeitar o seu espaço, para que não sofram com danos maiores. Dentro do texto, cita exemplos tais como os da cidade do Mexico, Mexcaltitan e Estagel na França. Que se adaptam as épocas de cheia dos rios e também aproveitam o espaço reservado para a passagem das águas durante os períodos de seca.

Esse reaproveitamento do espaço é mencionado no decorrer da leitura, exemplificando lugares que sofreram readaptações tanto em função, como em projeto, como no caso do Viaduto da Praça da Bastilha, Paris. Continuando, o autor ainda se refere a espaços que sofreram alterações modernas ao seu entorno, sendo engolidos pelo novo, porem sem sofrer agreção arquitetônica. E por último retrata a utilização de um espaço através de suas infinitas possibilidades com o uso móvel da decoração. Um espaço específico pode ser um lugar de oração, moradia, festa, sem interferir na crença e ou marginalização do local.


Trazendo o texto para a análise da praça localizada próximo ao Solar da Baronesa, na cidade de São João Del Rei, o nosso instrumento de trabalho para a intervenção. Podemos observar facilmente esses conceitos trazidos pelo autor. Logo na chegada, podemos observar a reutilização do Solar, hoje como centro cultural da Ufsj que durante o decorrer dos anos assumiu inúmeras atribuições do seu espaço. A própria praça que em determinadas datas assume uma nova configuração com a montagem de barracas para as festas religiosas e as construções modernas que não ofuscaram e tão pouco confrontaram com os já presentes.
 Canais de Amsterdan
 Viaduto da Praça de Bastilha



Pedro
Shayene
Etienny

Conceitos do Hertzberger observados na Praça Carlos Gomes

Antes o chafariz era público, as pessoas até bebiam água dele, mas por vandalismo a Prefeitura colocou grade em volta e bloqueou a saída da água, tornando assim, o chafariz privado. Depois de um tempo a Prefeitura retirou a grade, mas a saída da água continua bloqueada.
As pessoas zelam pela praça, que é uma obra pública como se ela fosse privada, tanto em questão da segurança quanto pela preservação, prova disso é que há um tempo atrás existiam plantas medicinais nos canteiros que eram plantadas e tratadas pela comunidade.
As beiradas do canteiro, que primeiramente tem a função de barrar a terra, podem ser usadas como assentos ou como pique pelas crianças.
O caminho mais largo da praça que é para as pessoas transitarem é usado pelas crianças para jogar bola e para passear com o cachorro, tornando o local polivalente.
O conceito de domínio público pode ser visto na praça pelas apresentações da Orquestra Sinfônica, pelos eventos de saúde e pela barraquinha da Igreja, estimulando assim a interação social.
Os bancos são dispostos de uma forma em que há o equilíbrio entre visão e reclusão, portanto as pessoas podem escolher se querem ou não serem vistas.
Há uma hierarquização em relação aos bancos da praça, os que são perto do chafariz são mais  utilizados. 

Livro: Lições de arquitetura

Etienny
Fernanda
Marina
Rafael
Raquel